Quarta-feira, 01 de julho de 2020
Última Modificação: 01/07/2020 09:49:08 | Visualizada 971 vezes
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No Brasil, os lixões ainda são uma realidade, muitos municípios não possuem um sistema adequado para o descarte correto de resíduos sólidos. De acordo com a lei 12.305/2010 estabeleceu-se o prazo para o fim dos lixões até 2014 em todos os municípios.
Qual o maior problema dos lixões?
Todo material é depositado sobre o solo a céu aberto e não possui nenhuma medida ambiental ou sanitária. As consequências deste descarte incorreto são os danos causados ao meio ambiente, como: a contaminação da água, do solo, a produção de gás metano e gás carbônico, que contribuem para o aquecimento global e o efeito estufa.
Trata-se também de um problema de saúde pública, pois o descarte inadequado dos resíduos atrai animais como cães e o mosquito transmissor da dengue e da febre amarela. Além disso, oferece um alto risco de contaminação às pessoas que trabalham no local e manuseiam inadequadamente os resíduos.
Esse cenário foi vivenciado até o início do ano de 2017 em Turvo.
Quais foram as mudanças que ocorreram a partir disso?
Instalamos a Central de Tratamento de Resíduos.
Você conhece o CTR?
É o local onde são triados todos os resíduos domésticos produzidos pela população de Turvo. Até o ano de 2017 todo o material era descartado a céu aberto, em um local era denominado como lixão, o qual contribuía para proliferação de doenças e contaminação do meio ambiente.
De 2017 pra cá, houve uma mudança em toda a antiga estrutura onde eram depositados os materiais. Houve o cercamento do barracão com tela, para impedir a entrada de animais, sinalização com placas que indicam o local ideal para o descarte de materiais, também foi estabelecido um cronograma de trabalho para os associados, que envolve a separação dos materiais coletados na sede e interior do município, corte de grama, limpeza do pátio e plantio de árvores, além da participação da associação em todos os eventos e festividades realizados pelo município.
Em função de toda essa nova reestruturação da Central de Tratamento, a renda da Associação também cresceu, em 2017 produziam em média 10 toneladas mensais, hoje a produção gira em torno de 15 a 16 toneladas, um resultado muito significativo, pois sabemos que a associação contribui com a renda de 08 (oito) famílias. O município hoje, produz em média mais de 100 toneladas de lixo por mês e todo esse material era depositado em um lixão a céu aberto, hoje, o município possui um contrato com uma empresa chamada de Ecovale, fazendo assim o transporte (transbordo) de todo o material que não é aproveitado pela associação, levando assim para ser descartado em um local correto, em um aterro controlado. Esse contrato prevê a retirada de 100 toneladas de lixo do município todo o mês.
Hoje também contamos com o caminhão para a coleta, adquirido por meio do programa Reciclo, o qual segue um cronograma de coleta para cada local, bairro e distrito do nosso município.