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Espetáculo de "Os 50tões"

Quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Última Modificação: 14/02/2019 13:55:36 | Visualizada 1020 vezes


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Os 50tões

O espetáculo de teatro-dança os 50tões, da Cia Radicalidade, tematiza o alvorecer da terceira idade. Discorrendo sobre as questões relacionadas ao envelhecimento no contexto da sociedade atual e reunindo textos de Herberto Helder, Antônio Francisco, Augusto dos Anjos, cenas em LIBRAS, coreografias com música original e textos desenvolvidos pelo grupo. No elenco, Christiane de Macedo, Raquel Rizzo, Chiris Gomes, Fernando Marés, Octavio Camargo, Rodrigo Augusto Ribeiro, Eliane Campelli e Marisia Brüning. 

 

Para a realização de OS 50tões, foi reunida uma ficha técnica de peso, formada por profissionais renomados. Além do  grande elenco , o espetáculo conta, ainda, com direção de Octavio Camargo, iluminação de Beto Bruel, cenografia de Fernando Marés, figurino de Ranieri Gonzalez, arte gráfica de Luiz Retamozzo e Eldo Ferreira, fotografia e documentação de Gilson Camargo, e tradução em LIBRAS de Jonatas Medeiros.

 

As participações musicais, interpretando a trilha sonora, incluem os músicos Sergio Albach, Odacir Mazzarollo, João Mello, Gabriel Schwartz, Denis Mariano e Hélio Brandão. 

 

Realizado através do Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura (PROFICE), com apoio da Copel, o espetáculo estará em cartaz durante o ano de 2019 em diversas cidades do interior do Paraná. 

 

Cia Radicalidade de  Curitiba

O ESPETÁCULO EM TURVO

Será dia 21 de fevereiro às 15h e 19h no Salão Paroquial Nossa Senhora Aparecida, com entrada franca.

Dia 22 às 14, no auditório da Prefeitura, Oficina cultural aberta à comunidade em geral e artistas da região

 

Link para página da companhia, onde se encontram fotos e textos do espetáculo:

https://ciaradicalidade.wordpress.com

 

"Fazer cinquenta anos é um marco na vida de qualquer um. É uma conquista e tanto chegar a meio século de idade, digna de festejo e busca-pés. É prova de que resistimos a um número de intempéries que deixou grandes campeões para trás. É quando as ilusões primárias sobre nós mesmos e sobre o mundo já acabaram e o pensamento se volta às questões práticas da vida. A disposição não é mais a mesma, o cansaço vem mais rápido, a paciência se esgota facilmente. Entre as preocupações diárias de um cinquentão é comum figurar a celebre questão: Como vai ser lá na frente, se tiver a sorte de chegar tão longe? Quem vai cuidar de mim quando eu não puder mais fazê-lo?

 

Além deste tipo de fantasma que apavora o neófito da terceira idade e da farpa inevitável dos questionamentos sobre a vida após a morte, existem algumas vantagens no engrossar do tempo, ao que parece, pois tudo é sempre uma questão de olhar. Presume-se que a pessoa começa a valorizar mais a voz do que a facha. Admirar o charme e a conversa mais do que a posição ou poder. Se incomodar menos com quinquilharias, não perder tempo com bobagens, ser mais razoável, valorizar a saúde, se apegar ao que é realmente importante. Enfim, o cinquentão se julga alguém um pouco mais preparado para a vida, inda que seja apenas um pote de leite coalhado.

 

Ao realizarmos esta peça, esta festa baile, quisemos contemplar os questionamentos que ocorrem aos recém-chegados ao limiar do crepúsculo, refletindo sobre os aspectos positivos e negativos do envelhecimento, atentos às sombras e desafios que cercam nossa contemporaneidade.

 

A dramaturgia desenvolvida pela Cia Radicalidade inclui cenas com música, dança e poesia em Língua Brasileira de Sinais. Buscamos inspiração em Simone de Bouvoir, que soube cantar lindamente o entardecer, em Augusto dos Anjos, que na Olimpíada da vida partiu aos 30 anos mal completos, mas deixou versos iluminados, no decano Bob Dylan, em Helberto Helder, o português que chegou à marca dos 85 e em Antônio Francisco, de Mossoró, que aos 68 anos diz que ainda não tem toda essa idade. Incluímos também o melhor que encontramos na filosofia sobre a perspectiva agnóstica do além: A Roca do Destino e a promessa de um ciclo interminável de morte e renascimento, como está descrito na República de Platão.

 

E a Previdência Social?"

Octavio Camargo

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